A capacidade instalada combinada de energia solar fotovoltaica e eólica na China atingiu 1,4 TW ao final de março, superando pela primeira vez as usinas térmicas do país, aponta a agência estatal National Energy Administration (NEA). Com o atual ritmo de instalações, a expectativa é de que as das fontes renováveis mantenham a dianteira sobre as termelétricas.
Conforme a NEA, a eletricidade gerada por usinas eólicas e solares no primeiro trimestre de 2025 somou 536 TWh, respondendo por 22,5% do consumo total do país, 4,3 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado. A matriz elétrica chinesa encerrou o três primeiros meses do ano com 3,43 TW, um crescimento anual de 14,6%.
A energia solar fotovoltaica acumula 950 GW de capacidade instalada, avanço de 43,4% na comparação com o igual período de 2024. Já a energia eólica totaliza 540 GW, incremento de 17,2% na mesma base de comparação. Também no primeiro trimestre, as principais companhias de eletricidade da China investiram cerca de US$ 18,34 bilhões em projetos de geração de energia, queda anual de 2,5%.
Líder global
Dados oficiais do governo chinês ainda indicam que a capacidade instalada de renováveis no país asiático chegou a 1,41 TW ao final de 2024, o equivalente a 40% da matriz elétrica e ultrapassando usinas a carvão. O número é inferior ao apresentado pelo balanço anual da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), que indica 1,8 TW de potência operacional.
De qualquer forma, a China é a líder global em energia renovável. Somente a capacidade adicionada no ano passado equivale a potência operacional acumulada total do segundo colocado, os Estados Unidos, com 428 GW.
Desde 2013, a capacidade instalada de energia eólica país cresceu seis vezes e a de energia solar fotovoltaica mais de 180 vezes. As novas instalações anuais corresponderam a mais de 40% do total global. Além disso, a China é a maior fabricante do mundo de equipamentos de geração renovável, incluindo painéis solares e turbinas eólicas.
